domingo, 18 de dezembro de 2011

Sonhos que foram Esquecidos...

Já passava das 8 da Manhã, e caía uma chuva fina sobre a cidade. O Garoto estava dentro de seu quarto, contemplando o teto, e viajando nas lembranças de um tempo que havia ficado pra trás. E de repente ele se viu sonhando, lembrando de amizades e amigos perdidos pelo tempo de sua infância. Dos dias chuvosos, das tardes quentes, noites olhando as estrelas e levando a imaginação além do além. Abriu os olhos e olhou para o lado. Viu uma caixa enfeitada, um pouco envelhecida pelo tempo, na qual estavam guardadas várias fotografias de quando ele ainda fazia o ensino médio.

Tomado por uma vontade inexplicável de relembrar o passado, levantou da cama, colocou a caixa de baixo do braço e desceu as escadas. Pegou a chave do carro de seu pai e saiu para um lugar que foi testemunha de momentos inesquecíveis com seus amigos. O local ficava próximo ao seu antigo colégio. Se tratava de uma belíssima lanchonete, ou pelo menos costumava ser, já que agora só restava o velho letreiro e as enormes portas metálicas pixadas.

Parou o carro debaixo de uma árvore e seguiu caminhando cabisbaixo até um banco de Madeira fixado no cantinho da parede. Sentou-se e lembrou dos longos papos que levava com seus amigos naquele mesmo lugar. "Como as coisas Mudaram" - Disse ele após olhar para o balanço onde ele brincava há alguns anos atrás, que agora se encontrava completamente destruido. Nesse mesmo momento, decidiu abrir a caixa e olhar todas as Fotografias.

A Primeira imagem tinha uma História linda. Foi tirada em uma apresentação de teatro da escola. Um leve sorriso tomou conta do seu rosto ao lembrar que tinha uma quedinha pela menina que estudava na sala vizinha a dele. A peça era sobre Romeu e Julieta, e ele havia implorado ao professor de artes para ser o par rômantico da Garota, e assim foi. Na hora da apresentação, a empolgação foi tamanha que ele acabou beijando de verdade a menina. O momento exato do beijo ficou gravado para sempre naquela fotografia tirada por sua Mãe.

O Garoto seguiu olhando as imagens. Cada foto uma lembrança boa. Quando estava quase no finalzinho, encontrou lá no fundo da caixa uma Fotografia do dia da sua Festa de Conclusão do Ensino Médio. Dessa vez o choque das lembranças foi mais forte, o deixando bastante emocionado. A imagem mostrava ele mais os seus dois melhores amigos na época. Lembrou da promessa feita por eles, de que não importasse o que acontecesse, eles estariam sempre juntos. Mal sabiam que isso jamais iria acontecer, pois um mês depois, seus amigos morreriam em um grava acidente de Carro. Baixou a cabeça por alguns minutos e relembrou todas as aventuras e encrencas que eles haviam passado juntos. Lamentou-se por terem partido tão jovens, e pela promessa que jamais pode ser cumprida.

Quando já estava indo embora, lembrou de uma coisa. Correu até a cerca que ficava na parte de trás da lanchonete e viu que ainda estava lá: Uma pequena Faixa vermelha amarrada no arame que continha a frase "Amigos até que a Morte nos separe". Nesse momento, o choro foi incontrolável. Sentou no chão e olhou para os Ceús, como se quisesse saber porque tudo tinha que acabar assim.

Após trinta minutos, decidiu ir embora, já que aquele local não estava lhe fazendo bem. Entrou no carro e seguiu para casa. Já passava das duas da Tarde e a chuva ainda continuava a cair. Não havia ninguém nas ruas, o que deixava uma sensação fúnebre no ar. Chegando em casa, guardou o carro e se trancou no quarto. Jogou-se na cama e tentou dormir, na esperança de acordar e ter esquecido tudo aquilo que ele mesmo havia feito questão de reelembrar.


(Lucas Almeida)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Antes que seja Tarde...

Ah como eu me arrependo de muitas coisas. Não das coisas que eu fiz, pois até mesmo as coisas ruins, irão se transformar em histórias engraçadas para serem contadas quando a galera estiver reunida. Me arrependo mesmo das coisas que eu NÃO fiz, por Medo ou até mesmo por fraqueza. Arrependo-me dos amigos que ficaram perdidos no Tempo, dos Beijos que deveria ter dado, das meninas que despensei por receio de fracassar, das vezes que deixei de sorrir e mostrar minha felicidade ao mundo, das pessoas que se foram antes que eu pudesse dizer o quanto elas eram importantes para mim, dos momentos que eu não soube aproveitar e principalmente das vezes que agi por impulso e acabei machucando pessoas na qual eu faria de tudo para ver feliz. Ahh como eu queria que o tempo voltasse...

Vou completar 18 anos em breve e sinto que não soube aproveitar direito minha adolescência. Deveria ter zuado mais, bagunçado mais, bebido mais naquela festa, aproveitado os Finais de Semana com minha Familia, namorado mais, dado mais risadas com meus amigos, corrido atrás dos meus sonhos, ter ficado com aquela menina que eu era afim, ter saído escondido mais vezes, ter ido naquela festinha de aniversário, ter pegado o carro do meu Pai e sair pra curtir a Night, ter tirado aquela garota pra dançar, ter me preocupado menos com coisas bobas, ter dito pra aquela menina o quanto eu a amava... Enfim, são tantas coisas que eu deveria ter feito, tantos momentos que eu deveria ter vivido, e agora estou aqui me lamentando por tudo o que não fiz.

E você? Já parou pra pensar quantas coisas estão acontecendo lá fora e você não esta aproveitando? Se quer ter grandes histórias, realize grandes loucuras. Não adianta ficar em frente ao computador esperando a felicidade chegar. Lembre-se que ela bate na sua porta, mas não gira maçaneta. É você que decide se quer deixa-lá entrar ou não. Portanto, não cometa os mesmos erros que eu cometi. Levante-se daí e faça acontecer. Beije quantas vezes puder, abraçe seus amigos e diga o quanto eles são importantes pra você. Vá até a casa da Garota dos seus Sonhos e diga que ela é o motivo do seu sorriso de todas as manhãs. Viva cada dia como se fosse o último. Sei que é um conselho meio clichê, mas é a pura verdade. O Amanhã pode ás vezes nunca chegar...

(Lucas Almeida)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lembranças de um Doce Inverno...

O relógio apontava: 01h47min, a mão do garoto repousava em seu cabelo, recém-lavado, com as gotas de água ainda caindo, lentamente. Os olhos esquadrinhavam o céu, negro, sem estrelas, e sem sinal da Lua. Enquanto a outra mão segurava o que restou de uma garrafa de Vodka. O celular jogado na cama vibrava silenciosamente, ele apenas olhava para ele, não tinha a mínima vontade de ver quem ligava. Depois de algum tempo, o celular parou, e então começa a tocar uma música lenta, que lhe trazia fortes lembranças do passado.

“Maldita mensagem” disse ele enquanto saia do computador e ia até a cama para ler a mensagem. Bufou quando o celular demorou a mostrar a mensagem, e novamente quando ele viu de quem era a mensagem. Jogou o celular na cama novamente. Não queria mais ter qualquer tipo de ligação com ela. Queria esquecer-se do tempo que sofreu por ela, e que agora ela corria atrás. A sina dele era viver sozinho. Era isso que pensava. Não pretendia mais estar com alguém. Sempre que se apaixonava, sofria. Agora ele queria apenas fechar-se no seu mundo. Mas a vontade de se entregar novamente ao amor foi grande, impulsivamente, ele levantou-se de novo, pegou o celular e leu a maldita mensagem: “Oi, amor. Desculpa ter te ligado assim, tão tarde. Eu só queria saber se você está bem. Dizer que te amo. É que eu estou com saudades. Estou carente de você… Quando a gente vai poder se ver de novo?”

O garoto foi responder a mensagem, mas sentiu, pela primeira vez em muito tempo, que o silêncio falaria melhor do que palavras. De repente, jogou o celular, novamente, na cama. Saiu do seu quarto, e foi até a sala, olhou para a chave do carro de seu pai, e espontaneamente tomado pela decisão, que julgava ser mais idiota a qual poderia tomar, pegou-lhe nas mãos.  Ele podia ter sido o mais idiota antes, mas agora ele homericamente seria o idiota. Entretanto, ele sorriu com essa possibilidade. Faltavam pouco mais de dois meses para fazer dezoito anos, e ele já sabia dirigir. Seu pai não daria falta do carro, só acordaria às nove horas…

E assim, o seu impulso idiota, o fez pegar o carro. Seguiu pelas ruas, andando cuidadosamente para não chamar atenção. Parou o carro a frente da casa da garota. Olhou para o segundo andar, a janela do quarto dela estava aberta, a luz apagada, mas o reflexo da tela do computador iluminava, fracamente, o local. Ele percebeu, foi pegar o celular, mas percebeu que havia esquecido jogado em cima da cama. Se voltasse para casa para pegá-lo, não teria coragem para voltar, e reassumiria o seu franco e gélido coração.

Em dúvida sobre o que fazer, tamborilando os dedos sobre o volante. Quando já ia desistindo, ligou o motor do carro, o ronco do mesmo o fez assustar, estava subitamente mais alto do que antes. Talvez fosse apenas a sensação, mas fato é que. Com tamanho o susto, bateu a mão no porta-luvas, que o fez abrir e cair o celular do pai.

Ao olhar para ele o relógio acusava: 02h58min, e assim ele pegou, digitou o número do celular da garota, e com a voz, um pouco rouca, mas nenhum pouco sexy, disse “Olhe pela janela.”

A garota olhou, e deixou escapar algumas poucas lágrimas de felicidade. Desceu as escadas, e quando abriu a porta, o garoto estava lá, beijando-a ardentemente, assim que houve oportunidade.

(Lucas Almeida)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Carta de um Eterno Apaixonado

Meu coração, sem data expressa...

Para a Garota dos meus sonhos,

Oi. Tudo bem? Espero que sim… Não faz tanto tempo assim que não nos vemos, mas já sinto sua falta. É inacreditável, o quanto você me mudou, meu amor. De uns tempos para cá eu já nem sei mais aquilo que eu era antes de te conhecer. Já perdi a noção do tempo enquanto admirava sua foto, ouvindo a nossa música, lembrando de nossas histórias, dos seus beijos quentes, dos abraços sem compromisso.

Todos aqui vieram me perguntar de você. Eu não sei o que responder. É duro para mim dizer que acabou. Dizer que não terá volta. Sei que você não queria isso, que iria me bater se estivesse aqui comigo, mas nem saindo direito de casa eu estou. Cada passo que eu dou, acabo me lembrando de tudo. Deixo cair as lágrimas que surgem tão de repente, sem aviso prévio. Eu queria apenas poder te tocar de novo, te amar, te fazer ir às estrelas, como tantas outras vezes fizemos quando ninguém estava por perto, trancados só nos dois. Fazer cada segundo uma eternidade.

Não sei o motivo pelo qual estou escrevendo, a onde você está não tem como esta carta chegar. Acho que queria apenas dizer, mais uma vez, que eu te amo. Que eu sentirei cada dia mais a sua falta. Acho melhor ficar apenas por aqui, as lágrimas já deixaram suas marcas no papel amassado, e estou sem forças.

Eu te amo, um dia, talvez, possamos nos encontrar, em alguma outra vida.

Eterno apaixonado.

domingo, 20 de novembro de 2011

Meu Amor pra Recordar...

Lembro como se fosse ontem o dia 9 de Fevereiro de 2004. Na época eu fazia a 5ª série e ainda não sabia direito o que era amor. Até que ela apareceu e mudou completamente minha vida desde então. Ela entrou na sala acompanhada de seu irmão, que a levou até a cadeira que ficava na minha frente. Bastou apenas um olhar e pronto. Ali começava uma história da qual eu me recordaria pelo resto da vida.

Eu não conseguia parar de olhar em sua direção e uma vez ou outra nossos olhares se encontravam. Mais tarde ao chegar em casa, pela primeira vez não consegui dormir lembrando do momento exato que eu a vi pela primeira vez. Eu me perguntava o que estava acontecendo comigo, afinal, com apenas 11 anos, não sabia como funcionava as coisas ainda. A partir de então, passei a me sentar todos os dias perto da janela, local onde ela costuma sentar. Tentava puxar conversa, mas nossos papos não duravam muito, já que ela era cheia de amigos e preferia dar atenção a eles do que a mim.
O Tempo foi passando e aquele sentimento foi cada vez crescendo mais e eu inexplicavelmente sentia uma felicidade que parecia nunca ter fim, pelo menos eu achava, até que ela começou a namorar com um garoto que estava um série a frente da nossa. Mais uma vez acabei conhecendo um novo sentimento, o ciume. Eles ficavam sentados no Pátio do colégio trocando carícias, e eu ficava observando de longe com uma imensa vontade de estar no lugar dele.

Mesmo sabendo que ela estava namorando, continuei sentando do lado dela, pois ainda tinha esperanças de que algum dia quem sabe, não podesse rolar alguma coisa entre a gente. Mal sabia eu que o destino jamais permitiria que isso acontecesse. Ela tinha colada na capa do caderno uma Foto dela com o Namorado, imagem essa que ela sempre beijava antes de começar a copiar o dever de casa. E continuou assim até o dia em que eles brigaram e ela bastante chateada rasgou a foto ao meio e jogou no chão da sala. Esperei pacientemente todo mundo sair e apanhei um pedaço da foto que tinha apenas o lindo rosto dela e guardei dentro no meu caderno. Todos os dias antes de dormir, eu pegava o pedaço da foto e ficava imaginando como seria bom a gente estar juntos. Até hoje tenho essa fotografia na minha carteira e pretendo guardar pelo resto da minha vida.

O Tempo passou,e a gente foi crescendo, até que chegamos no 1º Ano do Ensino Médio. Meu sentimento por ela estava cada vez mais forte, só que nunca havia contado isso pra ninguém, nem mesmo ela sabia disso, pois eu tinha medo de falar e ela acabar se afastando. E continuou assim até que uma amiga minha acabou percebendo que eu ficava todo bobo quando estava perto da tal garota. Acabei abrindo o jogo e falei tudo o que eu sentia para minha amiga. E adivinhem o que aconteceu? Ela acabou contando para todo o resto da sala. Ao saber do meu sentimento por ela, o que eu temia que acontecesse acabou se tornando realidade: Ela começou a se afastar e a me tratar de maneira diferente. Isso me deixava tão triste e deprimido que não consigo nem descrever. Acreditem, a pior coisa do mundo é ser ignorado e desprezado pela pessoa que você faria tudo pra ver feliz.

Desde então as coisas nunca mais foram as mesmas. Passei a ficar desmotivado e sem vontade de sorrir nem mesmo quando meus amigos faziam palhaçadas. Mas difícil mesmo foi quando ela me chamou pra conversar e falou olhando nos meus olhos que jamais iria acontecer nada entre a gente, pois ela gostava de outro e que não queria nenhum sentimento de mim além da amizade. Fiquei completamente arrasado. Passei uma semana sem dormir ou se alimentar direito, pois era dificil aceitar que o sentimento que eu guardei durante 7 Anos, jamais iria ser correspondido.

Foi um momento muito difícil da minha vida, mas tive que aceitar a realidade. Aos poucos fui me conformando e tentando esquece-la e hoje estou aqui escrevendo esse texto pra vocês. Confesso que ainda gosto um pouco dela, embora tenha mentido várias vezes dizendo que já havia a esquecido quando meus amigos me perguntavam. Mas como vou esquecer da primeira Pessoa que eu gostei de Verdade? Da pessoa que me fez descobrir o que é Amor? Da pessoa que me fez suspirar de Alegria, mas também me fez chorar de tristeza? Da pessoa que me fez sonhar acordado? Mesmo que eu quisesse, jamais conseguiria fazer isso, pois ela fez parte da minha história, e espero que permaneça assim para todo o sempre. Antes de me despedir gostaria de pedir desculpas por não conseguir ser o que você queria que eu fosse, mas lembre-se que você sempre vai ser Meu Amor pra Recordar...

(Lucas Almeida)

domingo, 23 de outubro de 2011

Encruzilhadas do Destino


Flertamos a noite inteira. Entre olhares e risos, sempre um flerte. Nada mais do que isso. Não passou disso. Para minha infelicidade, devo dizer. Quantas vezes, em uma festa, você se depara com uma garota que lhe prende a atenção? Mas não apenas prender-lhe a atenção, é desejá-la, de tal forma que nem mesmo uma única noite seja salva de tantas loucuras. Talvez eu soubesse que não a veria mais, talvez, por isso, não passamos dos flertes. Mas, pelo menos, eu teria mais histórias para contar. A história da noite que eu conheci, apaixonei-me, aventurei-me, e perdi a garota dos meus sonhos.
Dessa vez, no final da noite, voltava para casa sem histórias para contar. Acho que nunca fiquei tão decepcionado comigo mesmo. Não sei o seu nome, só sei que seus olhos não me saem da mente, seus gestos, como uma simples jogada de cabelo, fizeram da noite algo que valesse a pena eu olhar.
Sinto a leve diferença entre ela e todas as outras garotas da festa. Ela fez de tudo para passar despercebida, e as outras o inverso. Talvez só por isso eu tenha olhado, e isso fez com que eu me apaixonasse perdidamente por ela. O vestido curto, branco, o cabelo ondulado jogado nas costas, o batom claro. Eu decorei cada mínimo detalhe da fisionomia daquela imagem da perfeição.
Procurei entre todos os amigos de todos os amigos que eu tinha, em todas as redes sociais que eu poderia ter, e não a encontrei. A necessidade de vê-las mais uma única vez era tanta, mas a esperança já não existia.
Tarde da noite, sexta-feira, voltando para casa. Peguei o metrô, sentei-me. O banco vazio do meu lado fora preenchido. Eu ouvia música, e já não ligava muito para o que estava acontecendo ao meu redor. Quando o garoto do meu lado levantou, esbarrou em minhas pernas, eu olhei para ele, instintivamente, ele pedindo desculpas. E nisso eu a vi, sentada do outro lado do metrô. Ela também me viu, sorri para ela, e ela para mim. Nos encontramos e tudo que eu consegui dizer foi…
- Oi
Ela me respondeu, com um simples sorriso torto, encantador. De fato, eu estava perdidamente apaixonado por ela. Quando trocamos os telefones, a minha estação chegou. Ela disse que talvez nunca mais fossemos nos ver, mas eu disse que, até ali, já tinha valido à pena apenas vê-la uma segunda vez.
Saí do metrô. Conversava com ela pelo celular trocando mensagens. Podia até ser a última vez que eu fosse vê-la, mas eu já tinha uma história que me orgulharia contar. Mas eu sei, ainda vou vê-la mais uma vez, e depois outra, e outras. O destino se encarregará de fazermos o cruzamento de nossas vidas na hora certa.

Dedico esse conto para Wanna Évelyn ;*

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Memórias de uma Noite de Reveíllon...

Tudo começou três dias depois do Natal, 28 de Dezembro de 2010, nada poderia dar errado. Festejar a passagem de ano com sua família e amigos num belo hotel fazenda, nada mais normal e admirável. Mas ele havia se enganado. Ao chegar naquele hotel, toda sua vida mudou, a princípio, nada de tão grande, mas o medo de perder seu irmão menor foi estrondoso quando o pequeno, quase se afogou na piscina. Se não fosse seu pai naquela hora, hoje sua família teria dois a menos, pois ele com certeza se mataria. Durante aquele dia, nada de mais aconteceu, tirando o fato de ter encontrado uma das minas mais lindas que já vira em sua vida, que hoje seu rosto é um borrão e seu nome um espaço em branco na memória do garoto.

Ela era de fato muito linda, seus olhos se encontraram pela primeira vez, e ambos brilharam, tanto os olhos dele como os dela. Seria o começo de um romance de verão? As chances dos dois se encontrarem era muito remotas, o hotel era grande, porém, viviaam se esbarrando. Sua amiga um dia confessara ao garato, enquanto estavam na piscina, que a garota estava afim, porém ela queria que ele tomasse a atitude, o garoto era covarde nesse ponto, mas foi corajoso.


A grande oportunidade havia chego, ela estava sozinha, porém ele estava do outro lado do hotel, jogando dominó, mas querendo que o jogo acabasse, ele recebeu vários sinais de alerta de seus fiéis escudeiros, que hoje, não é lembrado nenhum nome. Infelizmente, quando o garoto enfim chegou ao local, a garota já havia se retirado, já estava tomando banho na casa ao lado da sua.

O resto do dia foi tenso. Ele não parava de pensar que perdera a maior chance de sua vida. Sua raiva era inoportuna, mas existia, e muito. Começou a entardecer, já era noite de Réveillon, era sua ultima chance. Ele pensara muito no que fazer. Todos já estavam no restaurante para passar a virada juntos, ele estava impaciente e infeliz, não parava de andar de um lado para o outro, sempre arrumando desculpas, “Eu fui beber água”, “Eu queria arrumas umas coisas lá em casa que havia esquecido”, “Eu fui andar”. Todas eram verdades, porém eram desculpas para ele não compartilhar a felicidade dos outros. Aos poucos a virada foi chegando, e ele mais triste olhou para o céu pensando em sua infeliz vida.

Pensou em tudo que de mal acontecera com ele. Pensou em seu primeiro beijo. Pensou na sua ex. Pensou em seus familiares. E então ele se levantou, foi em direção à piscina do hotel, quase tirou o sapato e a meia, estava pronto para mergulhar, e jamais voltar a superfície. Mas aos poucos ele lembrou dos motivos que ele tinha ainda para viver, pensou em seus amigos, pensou em seus irmãos, não de sangue, mas de vida, naquela hora as lágrimas rolaram pelo seu rosto, e ele sentou-se na escada, quase se deitando nela e olhando para o céu, os seus fiéis escudeiros viram e se aproximaram, querendo saber o que estava acontecendo com ele, mas ele disse apenas que nada era, mas que gostaria de ficar sozinho. Seus leais amigos o deixaram, olhando para o céu e vendo a última e única estrela daquela última noite de 2010.

Quando parou para pensar no que havia acontecido nestes dias, ele chegou a conclusão que seu destino tinha que ser outro, ele não podia mais ser que nem era, ele teria que evoluir, e pediu àquela estrela, que limpasse sua alma e sua boca, voltando aos tempos que ele não havia tocado outros lábios.

Chegou então o começo de 2011, e exatamente as duas da manhã ele toma coragem, e sendo um novo garoto, chegou na garota. Ela disse-lhe que era muito tarde, e ele aceitando a derrota, abaixou a cabeça e se retirou, fora derrotado pelo tempo. Sua ultima decisão então foi, esquecer tudo que ali passara e jamais correr atrás de um sonho, já eles nunca se realizariam, pois não passava de um sonho.

(Lucas Almeida)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Apenas um Beijo de Verão


Verão. Era a pior de todas as estações do ano, pelo menosele achava que era. Tinha que trabalhar, pois eram férias da escola, mas não noserviço. Quando viajava, só lhe restava uma praia cheia de gente, a quem elejamais se quer sonhava em pisar, mas sempre voltava forçado por sua mãe. Elesempre falava que a única vantagem do Verão era a pouca roupa das garotas, masque mesmo assim ele achava sem graça. Preferia o Inverno, algo mais charmoso,elegante, belo, onde poderia aproveitar um pouco mais do calor humano. Nuncaimaginou que seria no Verão que as coisas começariam a dar certo para ele. Pelomenos o começo foi maravilhoso. E é no Verão que essa história começa. 
Cinco dejaneiro de 2010, ele estava passando as férias na praia com a sua família.Alguns de seus amigos ainda estavam por lá. Iriam passar esses últimos diasjuntos. Haveria uma grande festa, a qual eles iriam mais a noite. Ele odiavaesse tipo de festa, mas era o ultimo dia que ele passaria com os seus amigos. Eentão ele foi.

Lá eles dançaram, se divertiram. E ele como sempre meioisolado. Cada segundo que passava odiava ainda mais o Verão. Todos estavamseminus, e ele odiava aquele tipo de visão. As garotas mesmo as feias usandobiquínis que chamavam muito a atenção lhe irritavam muito. E então algo lhepareceu chamar atenção. Uma garota, sentada a beira-mar, com uma roupa quasecompleta, assim como ele. Shortinhos e uma blusinha. Ele se aproximou dela.Começaram a conversar, ela estava lá pelos mesmos motivos dele, apenas pelosamigos e por sua família. E assim continuaram o assunto. E no final do dia,quando os dois estavam indo para as devidas casas, eles se beijaram. Um beijorápido, mas que ficou marcado. Apenas um toque nos lábios. E ele descobriu queo melhor dia da vida dele tinha sido no Verão.

Eles trocaram telefone. Ele falou que ia ligar. Mas acabounão ligando, tinha medo de ter sido apenas mais um pra ela assim como ela tinhamedo de ter sido pra ele. Ela também não ligou. Não mandaram mensagens e oassunto acabou sendo esquecido. Um ano depois, eles voltaram a se encontrar.Queriam se ver e sabiam que queriam ver o coração pulsar mais forte.

Ela o abraçou com muita força, ele segurou o impulso debeijá-la. Ela perguntou o por que de não ter ligado, e ele apenas disse que eramedo. Ela falou para não deixar seus medos acabarem com as chances de tentar. Ejuntos continuaram a conversar. E novamente, quando se despediram mais umbeijo, porém mais caloroso que o outro, no final do dia e voltaram pra casa.

Assim que ela chegou o telefone tocou. Não queria atender edeixou tocar sem ver o número. Do outro lado da linha, ele desligava o telefonee pensou que aquilo que ela falou tinha sido mentira. Ela se deitou, poisestava cansada, e sonhou ainda acordada com o beijo daquele garoto.

Ele ligou mais uma vez, mas desta vez ela não ouviu ocelular tocar. Estava dormindo, e sonhando com ele, mas ele não sabia. Pensoumais uma vez que tudo tinha sido uma mentira. Então ele foi e se deitou, nacama começou a pensar na garota e nas palavras. No beijo que depois de um anovoltou a acontecer. E ele poderia ter aproveitado mais.

O medo o invadiu de novo, o sonho foi escuro e ele não sabiaao certo quem ela era. O telefone dele agora tocava, na esperança de ser ela,ele acordou rapidamente, mas quando viu o telefone conhecido de seu amigodeixou apenas tocar, voltou a dormir, voltou a sonhar.

Ele tentou mais uma vez o contato, mas o telefone estavadesligado. Então voltou para sua casa com a sua família e apenas deixou que otempo fizesse o serviço. Mas ele não a esqueceu e o medo o assombrava, sabiaque ela já o havia esquecido. E muito estava enganado. Mas o tempo agiu e decerta forma para o bem dos dois, ainda num Verão que ele tanto odiava ele seencontrou com ela novamente, fora da praia, numa loja qualquer, de uma ruaqualquer, os dois se olharam, mas estavam acompanhados, um sorriu pro outro eele viu nos olhos dela o brilho que ele ainda se lembrava.

Eles se aproximaram, os amigos estavam intrigados, aindasorrindo ele disse, “pensei que você tivesse me esquecido não retornou asminhas ligações”, ela respondeu “eu jamais poderia ter me esquecido de você, omeu único romance de verão, meu único beijo dado em muito tempo, onde eupoderia dizer que amava o garoto”, “mas por que não me ligou?” ele perguntou.“roubaram meu celular e eu perdi o seu número” ela respondeu.
Nesse instante o Garoto percebeu que havia chegado o momentocerto para falar tudo o que sempre quis dizer, mas não tinha coragem. Ele seaproximou dela, e falou baixinho em seu ouvido: "Quero ser feliz ao seulado para sempre". Então eles se abraçaram e se beijaram como nunca haviamfeito antes. Um beijo tão puro e verdadeiro que chamou a atenção de todos quepassavam na rua, e que marcou para sempre a vida do jovem casal.

(Lucas Almeida)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A História de uma Linda Garota


Ao que tudo parecia ele seria apenas mais um na vida dela. Muito se enganava ela por pensar isso. O beijo dele, tão doce, a marcou. Assim como ele quase foi à loucura pelo simples abraço mais forte dela e o beijo carinhoso. Os dois logo iriam provar do poder de algo fatal.
Ela era uma linda garota. Cabelos negros e longos com belos cachos nas extremidades, olhos castanhos claros, pele branca e um sorriso devastador. Já havia sofrido muito antes de conhecer o tal garoto, e tinha prometido que nunca mais se entregaria para homem nenhum, mas nada pode fazer para evitar a paixão avassaladora que invadiu seu coração repentinamente. Resolveu que queria dar para si mesma uma nova chance de ser feliz, e assim fez. Deixou que o garoto a conquistasse de vez.
Ele jurou amá-la. Ela acreditou. As palavras ditas na segurança da internet surtiram efeito imediato na pobre garota que estava balançada pelo carinho que ele demonstrava. Ele não seria apenas mais um. Ela o queria para ela e só para ela. Ele queria ser dela, mas não tão cedo, ainda queria viver um pouco mais antes de se entregar a ela.
 Eles já tinham combinado tudo. Decidiram que se encontrariam as escondidas no mesmo lugar no qual eles haviam se beijado pela primeira vez, até chegar o momento certo de contar a todos e assumirem o namoro. Porém o garoto não foi fiel e ficou com várias outras garotas para depois vim desculpar-se com ela, e ela se iludiu com as palavras de desculpas dele e o perdoou.
O coração dela se machucava, cada vez sangrava mais por ter sido enganada, e ela não sabia. O coração dele chorava um pouco, por ter perdido alguém que sabia que o amava. Agora somente o tempo será capaz de dizer qual o destino da garota que um dia jurou nunca mais entregar seu frágil coração para ninguém.

Dedico esse conto à Lorenna Lima (Foto)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O que me Deixa mais triste é saber que a Pessoa que eu Amo, pode ser Feliz sem mim.


A janela estava aberta. Uma brisa fresca entrava por ela. A garota olhava para os jardins do vizinho, apoiada em seu peitoril. Seus olhos esquadrinhavam um garoto, lá embaixo, que estava sentado, infelizmente para ela, com outra garota… De mãos dadas.

A garota olhou pra cima, e sorriu debochadamente, se aproximou do garoto e o beijou. A garota que estava na janela se enraiveceu. Jogou-se para trás e caiu deitada na cama, contemplando o teto.

Seus olhos marejados de lágrimas. A dor no coração.

A noite caía, o garoto regressava para o seu quarto. Ele olhou pela janela e viu a garota ali sentada, contemplando as estrelas. Mandou uma mensagem para ela.


“Como você está?”

O celular vibrou na mão dela, ela viu o número e olhou para frente, e lá estava ele… Sorrindo para ela. Então digitou em resposta:

“Poderia estar melhor. E você?”

A mensagem chegou para ele, ele ficou olhando para ela e depois digitou.

“Igualzinho a você.”

Ela não conseguia entender o motivo, e digitou novamente.

“Por qual motivo está assim?”

Ele sorriu mais ainda, e quando estava terminando a mensagem, o celular acabou a bateria. Mostrou pra ela pela janela fechada do seu quarto e ela balançou os ombros. Sorriram um para o outro e eles voltaram para suas casas.

No dia seguinte, eles se encontraram na escola, não puderam dizer nada um pro outro. Ele apenas mandou-lhe uma mensagem.

“Nos vemos mais tarde, na janela?”

E ela toda feliz respondeu que sim. Chegaram em casa, e ela ficou sentada olhando para o céu azul, acompanhando as nuvens se formaram e se dissiparem. Quando quase anoitecia, ele chegou em casa, estava todo suado do treino, se olharam pela janela e ele mostrou a toalha, iria tomar banho e mais tarde voltaria. E assim fez.

Ele chegou, ela estava de costas para ele, escrevendo alguma coisa. Ele mandou a mensagem.

“Como prometido, estou eu aqui, de volta.”

Ela sorriu para ele.

“Em boa hora. Estou entediada.”

Ele gargalhou e mesmo da janela fechada do quarto dele, ela ouviu.

“É, cheguei em boa hora. Como você está?”

Ela sorria para ele e digitava alegremente.

“Melhorando. E você?”

Ele escrevia e sorria.

“Melhor até. Mas queria poder dizer que estaria perfeito.”

E ela digitando com cara intrigada.

“E por que não diz?”

E ele respondeu:

“Não tenho o que eu mais gostaria de ter.”

Ela olhava para fora, olhando diretamente em seus olhos, ele um sorriso meio alegre, meio triste.

“E o que seria?”

Ele sorria, e dessa vez não respondeu, apenas olhando para o céu, fez um gesto com a cabeça e foi se deitar.

No dia seguinte, ele chegou um pouco triste. E ela perguntou o motivo de estar tão triste, mas ele disse que estava feliz, mas que era um choque e na última mensagem da noite ele mandou:

“É que, bem, eu terminei com a minha namorada.”

Dias passaram-se. As conversas sempre se interrompendo em horas convenientes, para os dois lados. E em um dos últimos dias de aula, ele perguntou.

“Vai ao nosso jogo amanhã?”

E ela triste respondeu.

“Não, vou estudar.”

Ele no dia seguinte, antes de ir para o jogo olhou para a janela, ela estava lá, sorriu para ele e uma mensagem chegou.

“Boa sorte.”

Ele deu uma piscadela para ela, sorriu e saiu correndo para a escola.

O time havia sido campeão, a ex-namorada do garoto estava do seu lado. Ela o abraçava, mas a mão dele segurava o celular. Quando o sentiu vibrar, e reconheceu o número viu digitado na tela:

“Olhe para trás.”

Quando ele olhou, soltou-se das mãos da ex-namorada, e saiu correndo e agarrou a garota da janela, ergueu-a no ar e beijou-a.