segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Memórias de uma Noite de Reveíllon...

Tudo começou três dias depois do Natal, 28 de Dezembro de 2010, nada poderia dar errado. Festejar a passagem de ano com sua família e amigos num belo hotel fazenda, nada mais normal e admirável. Mas ele havia se enganado. Ao chegar naquele hotel, toda sua vida mudou, a princípio, nada de tão grande, mas o medo de perder seu irmão menor foi estrondoso quando o pequeno, quase se afogou na piscina. Se não fosse seu pai naquela hora, hoje sua família teria dois a menos, pois ele com certeza se mataria. Durante aquele dia, nada de mais aconteceu, tirando o fato de ter encontrado uma das minas mais lindas que já vira em sua vida, que hoje seu rosto é um borrão e seu nome um espaço em branco na memória do garoto.

Ela era de fato muito linda, seus olhos se encontraram pela primeira vez, e ambos brilharam, tanto os olhos dele como os dela. Seria o começo de um romance de verão? As chances dos dois se encontrarem era muito remotas, o hotel era grande, porém, viviaam se esbarrando. Sua amiga um dia confessara ao garato, enquanto estavam na piscina, que a garota estava afim, porém ela queria que ele tomasse a atitude, o garoto era covarde nesse ponto, mas foi corajoso.


A grande oportunidade havia chego, ela estava sozinha, porém ele estava do outro lado do hotel, jogando dominó, mas querendo que o jogo acabasse, ele recebeu vários sinais de alerta de seus fiéis escudeiros, que hoje, não é lembrado nenhum nome. Infelizmente, quando o garoto enfim chegou ao local, a garota já havia se retirado, já estava tomando banho na casa ao lado da sua.

O resto do dia foi tenso. Ele não parava de pensar que perdera a maior chance de sua vida. Sua raiva era inoportuna, mas existia, e muito. Começou a entardecer, já era noite de Réveillon, era sua ultima chance. Ele pensara muito no que fazer. Todos já estavam no restaurante para passar a virada juntos, ele estava impaciente e infeliz, não parava de andar de um lado para o outro, sempre arrumando desculpas, “Eu fui beber água”, “Eu queria arrumas umas coisas lá em casa que havia esquecido”, “Eu fui andar”. Todas eram verdades, porém eram desculpas para ele não compartilhar a felicidade dos outros. Aos poucos a virada foi chegando, e ele mais triste olhou para o céu pensando em sua infeliz vida.

Pensou em tudo que de mal acontecera com ele. Pensou em seu primeiro beijo. Pensou na sua ex. Pensou em seus familiares. E então ele se levantou, foi em direção à piscina do hotel, quase tirou o sapato e a meia, estava pronto para mergulhar, e jamais voltar a superfície. Mas aos poucos ele lembrou dos motivos que ele tinha ainda para viver, pensou em seus amigos, pensou em seus irmãos, não de sangue, mas de vida, naquela hora as lágrimas rolaram pelo seu rosto, e ele sentou-se na escada, quase se deitando nela e olhando para o céu, os seus fiéis escudeiros viram e se aproximaram, querendo saber o que estava acontecendo com ele, mas ele disse apenas que nada era, mas que gostaria de ficar sozinho. Seus leais amigos o deixaram, olhando para o céu e vendo a última e única estrela daquela última noite de 2010.

Quando parou para pensar no que havia acontecido nestes dias, ele chegou a conclusão que seu destino tinha que ser outro, ele não podia mais ser que nem era, ele teria que evoluir, e pediu àquela estrela, que limpasse sua alma e sua boca, voltando aos tempos que ele não havia tocado outros lábios.

Chegou então o começo de 2011, e exatamente as duas da manhã ele toma coragem, e sendo um novo garoto, chegou na garota. Ela disse-lhe que era muito tarde, e ele aceitando a derrota, abaixou a cabeça e se retirou, fora derrotado pelo tempo. Sua ultima decisão então foi, esquecer tudo que ali passara e jamais correr atrás de um sonho, já eles nunca se realizariam, pois não passava de um sonho.

(Lucas Almeida)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Apenas um Beijo de Verão


Verão. Era a pior de todas as estações do ano, pelo menosele achava que era. Tinha que trabalhar, pois eram férias da escola, mas não noserviço. Quando viajava, só lhe restava uma praia cheia de gente, a quem elejamais se quer sonhava em pisar, mas sempre voltava forçado por sua mãe. Elesempre falava que a única vantagem do Verão era a pouca roupa das garotas, masque mesmo assim ele achava sem graça. Preferia o Inverno, algo mais charmoso,elegante, belo, onde poderia aproveitar um pouco mais do calor humano. Nuncaimaginou que seria no Verão que as coisas começariam a dar certo para ele. Pelomenos o começo foi maravilhoso. E é no Verão que essa história começa. 
Cinco dejaneiro de 2010, ele estava passando as férias na praia com a sua família.Alguns de seus amigos ainda estavam por lá. Iriam passar esses últimos diasjuntos. Haveria uma grande festa, a qual eles iriam mais a noite. Ele odiavaesse tipo de festa, mas era o ultimo dia que ele passaria com os seus amigos. Eentão ele foi.

Lá eles dançaram, se divertiram. E ele como sempre meioisolado. Cada segundo que passava odiava ainda mais o Verão. Todos estavamseminus, e ele odiava aquele tipo de visão. As garotas mesmo as feias usandobiquínis que chamavam muito a atenção lhe irritavam muito. E então algo lhepareceu chamar atenção. Uma garota, sentada a beira-mar, com uma roupa quasecompleta, assim como ele. Shortinhos e uma blusinha. Ele se aproximou dela.Começaram a conversar, ela estava lá pelos mesmos motivos dele, apenas pelosamigos e por sua família. E assim continuaram o assunto. E no final do dia,quando os dois estavam indo para as devidas casas, eles se beijaram. Um beijorápido, mas que ficou marcado. Apenas um toque nos lábios. E ele descobriu queo melhor dia da vida dele tinha sido no Verão.

Eles trocaram telefone. Ele falou que ia ligar. Mas acabounão ligando, tinha medo de ter sido apenas mais um pra ela assim como ela tinhamedo de ter sido pra ele. Ela também não ligou. Não mandaram mensagens e oassunto acabou sendo esquecido. Um ano depois, eles voltaram a se encontrar.Queriam se ver e sabiam que queriam ver o coração pulsar mais forte.

Ela o abraçou com muita força, ele segurou o impulso debeijá-la. Ela perguntou o por que de não ter ligado, e ele apenas disse que eramedo. Ela falou para não deixar seus medos acabarem com as chances de tentar. Ejuntos continuaram a conversar. E novamente, quando se despediram mais umbeijo, porém mais caloroso que o outro, no final do dia e voltaram pra casa.

Assim que ela chegou o telefone tocou. Não queria atender edeixou tocar sem ver o número. Do outro lado da linha, ele desligava o telefonee pensou que aquilo que ela falou tinha sido mentira. Ela se deitou, poisestava cansada, e sonhou ainda acordada com o beijo daquele garoto.

Ele ligou mais uma vez, mas desta vez ela não ouviu ocelular tocar. Estava dormindo, e sonhando com ele, mas ele não sabia. Pensoumais uma vez que tudo tinha sido uma mentira. Então ele foi e se deitou, nacama começou a pensar na garota e nas palavras. No beijo que depois de um anovoltou a acontecer. E ele poderia ter aproveitado mais.

O medo o invadiu de novo, o sonho foi escuro e ele não sabiaao certo quem ela era. O telefone dele agora tocava, na esperança de ser ela,ele acordou rapidamente, mas quando viu o telefone conhecido de seu amigodeixou apenas tocar, voltou a dormir, voltou a sonhar.

Ele tentou mais uma vez o contato, mas o telefone estavadesligado. Então voltou para sua casa com a sua família e apenas deixou que otempo fizesse o serviço. Mas ele não a esqueceu e o medo o assombrava, sabiaque ela já o havia esquecido. E muito estava enganado. Mas o tempo agiu e decerta forma para o bem dos dois, ainda num Verão que ele tanto odiava ele seencontrou com ela novamente, fora da praia, numa loja qualquer, de uma ruaqualquer, os dois se olharam, mas estavam acompanhados, um sorriu pro outro eele viu nos olhos dela o brilho que ele ainda se lembrava.

Eles se aproximaram, os amigos estavam intrigados, aindasorrindo ele disse, “pensei que você tivesse me esquecido não retornou asminhas ligações”, ela respondeu “eu jamais poderia ter me esquecido de você, omeu único romance de verão, meu único beijo dado em muito tempo, onde eupoderia dizer que amava o garoto”, “mas por que não me ligou?” ele perguntou.“roubaram meu celular e eu perdi o seu número” ela respondeu.
Nesse instante o Garoto percebeu que havia chegado o momentocerto para falar tudo o que sempre quis dizer, mas não tinha coragem. Ele seaproximou dela, e falou baixinho em seu ouvido: "Quero ser feliz ao seulado para sempre". Então eles se abraçaram e se beijaram como nunca haviamfeito antes. Um beijo tão puro e verdadeiro que chamou a atenção de todos quepassavam na rua, e que marcou para sempre a vida do jovem casal.

(Lucas Almeida)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A História de uma Linda Garota


Ao que tudo parecia ele seria apenas mais um na vida dela. Muito se enganava ela por pensar isso. O beijo dele, tão doce, a marcou. Assim como ele quase foi à loucura pelo simples abraço mais forte dela e o beijo carinhoso. Os dois logo iriam provar do poder de algo fatal.
Ela era uma linda garota. Cabelos negros e longos com belos cachos nas extremidades, olhos castanhos claros, pele branca e um sorriso devastador. Já havia sofrido muito antes de conhecer o tal garoto, e tinha prometido que nunca mais se entregaria para homem nenhum, mas nada pode fazer para evitar a paixão avassaladora que invadiu seu coração repentinamente. Resolveu que queria dar para si mesma uma nova chance de ser feliz, e assim fez. Deixou que o garoto a conquistasse de vez.
Ele jurou amá-la. Ela acreditou. As palavras ditas na segurança da internet surtiram efeito imediato na pobre garota que estava balançada pelo carinho que ele demonstrava. Ele não seria apenas mais um. Ela o queria para ela e só para ela. Ele queria ser dela, mas não tão cedo, ainda queria viver um pouco mais antes de se entregar a ela.
 Eles já tinham combinado tudo. Decidiram que se encontrariam as escondidas no mesmo lugar no qual eles haviam se beijado pela primeira vez, até chegar o momento certo de contar a todos e assumirem o namoro. Porém o garoto não foi fiel e ficou com várias outras garotas para depois vim desculpar-se com ela, e ela se iludiu com as palavras de desculpas dele e o perdoou.
O coração dela se machucava, cada vez sangrava mais por ter sido enganada, e ela não sabia. O coração dele chorava um pouco, por ter perdido alguém que sabia que o amava. Agora somente o tempo será capaz de dizer qual o destino da garota que um dia jurou nunca mais entregar seu frágil coração para ninguém.

Dedico esse conto à Lorenna Lima (Foto)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O que me Deixa mais triste é saber que a Pessoa que eu Amo, pode ser Feliz sem mim.


A janela estava aberta. Uma brisa fresca entrava por ela. A garota olhava para os jardins do vizinho, apoiada em seu peitoril. Seus olhos esquadrinhavam um garoto, lá embaixo, que estava sentado, infelizmente para ela, com outra garota… De mãos dadas.

A garota olhou pra cima, e sorriu debochadamente, se aproximou do garoto e o beijou. A garota que estava na janela se enraiveceu. Jogou-se para trás e caiu deitada na cama, contemplando o teto.

Seus olhos marejados de lágrimas. A dor no coração.

A noite caía, o garoto regressava para o seu quarto. Ele olhou pela janela e viu a garota ali sentada, contemplando as estrelas. Mandou uma mensagem para ela.


“Como você está?”

O celular vibrou na mão dela, ela viu o número e olhou para frente, e lá estava ele… Sorrindo para ela. Então digitou em resposta:

“Poderia estar melhor. E você?”

A mensagem chegou para ele, ele ficou olhando para ela e depois digitou.

“Igualzinho a você.”

Ela não conseguia entender o motivo, e digitou novamente.

“Por qual motivo está assim?”

Ele sorriu mais ainda, e quando estava terminando a mensagem, o celular acabou a bateria. Mostrou pra ela pela janela fechada do seu quarto e ela balançou os ombros. Sorriram um para o outro e eles voltaram para suas casas.

No dia seguinte, eles se encontraram na escola, não puderam dizer nada um pro outro. Ele apenas mandou-lhe uma mensagem.

“Nos vemos mais tarde, na janela?”

E ela toda feliz respondeu que sim. Chegaram em casa, e ela ficou sentada olhando para o céu azul, acompanhando as nuvens se formaram e se dissiparem. Quando quase anoitecia, ele chegou em casa, estava todo suado do treino, se olharam pela janela e ele mostrou a toalha, iria tomar banho e mais tarde voltaria. E assim fez.

Ele chegou, ela estava de costas para ele, escrevendo alguma coisa. Ele mandou a mensagem.

“Como prometido, estou eu aqui, de volta.”

Ela sorriu para ele.

“Em boa hora. Estou entediada.”

Ele gargalhou e mesmo da janela fechada do quarto dele, ela ouviu.

“É, cheguei em boa hora. Como você está?”

Ela sorria para ele e digitava alegremente.

“Melhorando. E você?”

Ele escrevia e sorria.

“Melhor até. Mas queria poder dizer que estaria perfeito.”

E ela digitando com cara intrigada.

“E por que não diz?”

E ele respondeu:

“Não tenho o que eu mais gostaria de ter.”

Ela olhava para fora, olhando diretamente em seus olhos, ele um sorriso meio alegre, meio triste.

“E o que seria?”

Ele sorria, e dessa vez não respondeu, apenas olhando para o céu, fez um gesto com a cabeça e foi se deitar.

No dia seguinte, ele chegou um pouco triste. E ela perguntou o motivo de estar tão triste, mas ele disse que estava feliz, mas que era um choque e na última mensagem da noite ele mandou:

“É que, bem, eu terminei com a minha namorada.”

Dias passaram-se. As conversas sempre se interrompendo em horas convenientes, para os dois lados. E em um dos últimos dias de aula, ele perguntou.

“Vai ao nosso jogo amanhã?”

E ela triste respondeu.

“Não, vou estudar.”

Ele no dia seguinte, antes de ir para o jogo olhou para a janela, ela estava lá, sorriu para ele e uma mensagem chegou.

“Boa sorte.”

Ele deu uma piscadela para ela, sorriu e saiu correndo para a escola.

O time havia sido campeão, a ex-namorada do garoto estava do seu lado. Ela o abraçava, mas a mão dele segurava o celular. Quando o sentiu vibrar, e reconheceu o número viu digitado na tela:

“Olhe para trás.”

Quando ele olhou, soltou-se das mãos da ex-namorada, e saiu correndo e agarrou a garota da janela, ergueu-a no ar e beijou-a.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Você lembrou de mim no momento em que eu comecei a te esquecer



Eu viajei para muito longe, só para dizer que a amava. Ela não acreditou. Então decidi escrever-lhe uma carta, dizendo novamente que ela era minha vida. Ela me rejeitou. Gritei a plenos pulmões, para todo o mundo ouvir, que eu queria viver ao lado dela. Ela fingiu que não escutou. Então decidi mostrar a todos e não apenas gritar, comprei tudo que ela sempre quis e mandei-lhe entregar, ela mandou de volta e disse-me que não queria algo apenas para conquistar, queria algo do fundo do coração.

Eu não tinha desistido, queria provar para ela que meu amor por ela era verdadeiro, real. Mas ela não queria acreditar que de um amor de internet pudesse ter surgido algo tão forte. E disse para mim que não acreditava em meu amor. Disse que queria algo verdadeiro e não algo que surgiu de repente, sem nem ao menos dar uma chance para ela poder sentir o mesmo.


Eu não queria pensar que tudo aquilo pelo que lutei estava terminando. Fiquei por muito tempo decepcionado, nem sabia o que fazer. Depois de um bom tempo sem falar com ela, eu decidi tentar mais uma vez, que seria a última, se não desse certo, eu jamais voltaria a tocar no assunto. E então, quando ela entrou no MSN aquela noite, eu logo em seguida comecei a escrever-lhe. “Sei que está difícil de acreditar que te amo já não basta ter alguém do meu lado, eu preciso que acredite em meu amor, pois ele é verdadeiro e garanto que será único”. Mas pouco importou as minhas palavras para ela. Disse-me que estava decidida a não acreditar que algo tão simples pudesse ser tão grandioso. Ai eu percebi que ela era fútil.

O tempo foi passando, e eu deixei de falar com ela tão freqüentemente. Passei a lhe responder friamente e a controlar minhas emoções, pelo menos pensei que as estava controlando, elas deixaram de existir e eu não sabia, ainda.

Ela então veio até mim, disse que sentia minha falta, de ler que eu a amava, que ela precisava de mim, disse-me também que começou a acreditar em meu amor, que não ter-me havia lhe causado imensa dor, que no final ela sempre me amara e tinha medo de eu estar enganando-a, mas sabia que no fundo era verdade e que precisava de alguém do seu lado.

Então ela veio até minha casa, disse que me amava, entregou-me uma carta, gritou na frente da minha escola, me comprou presentes. E eu assim como ela havia feito comigo, a rejeitei, fingi que não ouvi e nem a vi quando tentou me parar na rua. Naquela noite no MSN ela me perguntou “o que há de errado? Por que não me aceitou?”, e eu simplesmente respondi “agora quem não acredita em seu amor sou eu”.